sábado, 4 de dezembro de 2010

NÃO SEI, NADA SEI...

Ainda estou pintada
Como uma índia
A cara
O corpo
O coração

Ainda estou
Do mesmo jeito
De antes de sair daqui

Sentindo o mesmo
Fugindo da mesma coisa
Saindo disso
Inventando, respirando
Sucumbindo

Ainda estou aqui
Tudo em mim não se mexe
A música toca repetidamente
Me deito

Fecho os olhos
E tento não pensar
Não lembrar de ti
De como foi bom

Não me atormente
Me deixe antes
Já que vai me deixar ao amanhecer
Vá depressa

òh angustia minha
óh dor que me assola
óh noite de treva
óh loucura
óh demência
Me deixem todos os loucos
Que me apavoram
Que me tiram o sono

Os zumbis da trevas
Das catatumbas pretas
Que se erguem
E me seguem
Vão embora todos vocês
Que eu vou dormir
Vou dormir
Vou dormir...

Boa noite!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mais uma

Fico te olhando


Hei menino
Cadê você
Vê se aparece
Eu tô aqui
Continuo aqui

Sae dessa tela
Apaga essa luz laranja
Me chama
Me telefona
Me olha
Olho no olho
Mas nessa cama
E me ama


Mirza Costa, 25.11.10, às 22:09

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fiz essa canção
Pra te dizer
Moreno
Que não é assim não

Não peça desculpa por bilhete
E depois me beije
Como se fosse LAST KISS
Que não é assim não

Não me viole, nem me penetre
Com seu vocabular grosseiro
De seis formas de falar I LOVE YOU
Que não é assim não

Enxugue as lágrimas
Pegue as flores murchas
Do veneno da tua estupidez

Tome teus presentes
Que me destes nas madrugadas
Entreguei a elas teu nome
Soltei pro universo
Novos pedidos
LET'S GO

Você já era meu nêgo
Pega teu LAKA
Adoça outra
Que não é assim não

Escrita em 19 nov 2010, por Mirza Costa.

Peço licença minha mãe

Peço licença minha mãe


Oxalá minha mãe!
Peço a bênção pra entrar
Passar nessa mata
Te ouvir os filhos
E acariciá-los
Com a minha vontade
De conhecer o mais profundo

Peço força na caminhada
E caminhos abertos
Às minhas necessidades

Cura a fome
Cura o medo
Cura a dor
A fadiga
E o preconceito

Dá-me teu entendimento
Tua sabedoria
Empresta teu amor
E me faz novo
Como criatura tua

Tira-me a roupa
Veste-me de armaduras
E me guia nessa Selva
Como a um deles
Minha mãe, Axé.

Escrito em 19 nov 2010, por Mirza Costa.

Olhando Chuva

Olhando chuva

Chuva santa
Quero te olhar
Te contemplar
Pra me completar

Me perco em cada pingo
Me desfaço
Me refaço
Me disfarço

De tanto olhar
Troco de lugar contigo
E enxarcada, sou chacra
Respiro e inspiro
Te solto
Me prendo
Refaço
E me desfaço
Volto a ser pingo
É só olhar
A caída dessa chuva santa
Lave-me!


Escrita em 19 nov 2010 por Mirza Costa

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Devaneio do labor

AS VEZES OLHO PRO VAZIO
AS VEZES VEJO AS RESPOSTAS NO VAZIO

QUANDO ISSO ACONTECE
TENHO A SENSAÇÃO DE ESTAR SURTANDO
E A CRISE ME DOMINA O MAIS ÍNTIMO

DOAR MEU CÉREBRO
NEGLICENCIAR MINHA INTELIGÊNCIA
TEM SIDO MEU CARMA
FERRAMENTA QUE DESEJO À MORTE

A NOITE DEITO NO VAZIO
E VOLTO A OBTER RESPOSTAS DELE
PORQUE ELA ME RESGUARDA
PARA OUTRO DIA

(...)

sem título, sem data, Mirza Costa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dias...

Há tempo pra tudo...

Os dias tem sido mais estranhos que as atitudes das pessoas que me rodeiam por aqui. As vezes ainda chego a cair naquela velha assertiva de que a atitude do outro depende da nossa, e fico me perguntando se sou o estranho?

Um dia me via assim, degustando palavras amigas, relativas ao bom humor e a um clima amistoso. Outro dia me via observador do objeto que profere essa atitude. O objeto estava estático, cisudo, minha presença parecia incomodar, o olhar não se cruzava mais como luta com espadas, ele distorcia como espelho anti-reflexo.

Ando pensando muito nas atitudes. Não quero mais ser psicóloga, apenas de mim mesma, nem olhar a partir do reflexo do chá do cipó, mas observar e entender as atitudes a partir da visão real...

Os dias estão turvos... espero... vou esperar além da arrumação da sala da casa, das gavetas, dos armários...

Quieta, quieta... absorvendo.

sábado, 31 de julho de 2010

Melodramas de sábado!

As vezes eu sinto falta e fico pensando como seriam meus dias se voce estivesse por aqui...
As vezes eu fico imaginando situações e visualisando personagens, pensando em como poderia ser...
As vezes eu penso tanto que sonho...
Sonho com alguém que não vejo o rosto, que as vezes não fala e que geralmente não faz tudo do jeito que eu imagino ser a perfeição...
Quando eu acordo, na realidade, vejo que voce não existe, que nunca te vi e que voce é o que é: um sonho.

(...)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sou tomada de uma tristeza contínua, diria crônica. Meu coração dói tanto, que me sinto ganhando um apertão e sufocando, me encolhendo, fechando os olhos, mimando a vida... ser ar... se olhar... sem mais nenhum sentido
Hoje o dia parecia normal, que ia durar suas 24h com essa sensação, mas fui surpreendida pelo discurso, o velho discurso que repete as palavras como quem decora um verso, o discurso que me frustra, que me mata, que subestima minha inteligência...
Ah, não sei mais se sinto pena dos cooptados ou de mim, que a cada dia amargo os sonhos, sou incompreendida e vejo minhas forças esvaindo como lágrimas descendo do meu rosto...
O melhor de tudo é saber que o dia se foi e a noite não dura muito... amanhã é outro dia!!!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Teu coração, meu coração, inequação...

Condicional
Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante

Quis nunca te perder
Tanto que demais
Via em tudo o céu
Fiz de tudo o cais
Dei-te pra ancorar
Doces deletérios

Eu quis ter os pés no chão
Tanto eu abri mão
Que hoje eu entendi
Sonho não se dá
É botão de flor
O sabor de fel
É de cortar.

Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
O que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu, muito bem

Quis nunca te ganhar
Tanto que forjei
Asas nos teus pés
Ondas pra levar
Deixo desvendar
Todos os mistérios

Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo lugar
Lia em cada olhar
Quanta intenção
Eu vivia preso

Eu sei, é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais

Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

DOWN

DIÁRIO DE UMA RECORDAÇÃO



Um pedaço de mim morre a cada dia
Se penso em ti
Mas se penso no que senti
Se penso no que achava que voce sentia
Fecho os olhos e sonho
Mesmo que não seja um sonho possível, real


Morro a cada vez
Que penso que o amor se resume a isso
Que amor sem dor não é amor
Que a mansidão serena
Do sentir o amor, não é provável


Sinto queimar o peito
Quando penso nas oportunidades que me foram tiradas
No tempo perdido em lágrimas
Do erro de ter amado demais


Sinto ainda mais
O tempo perdido no travesseiro encharcado
Pela dor de antecipação
Do medo de tentar novamente
Da frustração
Da humilhação


Não sei se hoje sou melhor
Ou pior
Já não vivo mais sob as comparações
Sei que sou hoje
O melhor que posso ser
Admitindo todo o crescimento que ainda tem por vir


Mirza Costa, 07 maio 2010 ás 20:10

domingo, 21 de março de 2010

V O N TA D E S

Ah, como eu queria:

- Um abraço de se perder;
- Cheiro de homem;
- Um beijo demorado, na boca!


Ah, como eu queria achar a coragem
Perdida na vida da menina
De pelo menos uns cinco anos atrás

Ah, como eu queria não me sentir tão velha
Não me sentir tão enrugada
Tão enferrujada...


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Achados e perdidos

Tirei do meio da poeira, um velho livro que parece, que regado a uma boa cerveja suja, preparada por mim, ser algo para se tomar em um momento: PERFECT!

"TUDO QUE NÃO É DADO É PERDIDO."
(Provérbio indiano)

Aprenda a preparar uma massa deliciosa.; Tenha um animal de estimação. Manso, afetuoso. Renda-se.; Diga mais "Eu te amo" e "Senti saudades". (essa é pra mim); Aprenda a saborear o silêncio. (adoro essa); Tenha sempre uma garrafa de champanhe na geladeira.; Esforce-se durante 24h para demonstrar mais educação e cortesia do que de hábito. Observe a mudança à sua volta. (essa eu preciso observar com atenção!)

Nossa, tanta coisa pra colar daqui...
Esse livro tem quase uma década, eu acho, já foi emprestado e devidamente devolvido, após quase um século, é claro!!!

Hoje, finalmente entendi o porque de algo com capa rosa choque e prata estava fazendo na minha prateleira de livros!!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Copo de vinho e o resto de você que não existe

Quero você no meu copo de vinho




Um copo de vinho
Vários copos de vinho
Alguns pensamentos
Uma catástrofe deles

Queria afogar-me
Ver-me no fundo desse copo de vidro
Refletindo a fragilidade do meu sorriso
Adoçando-me com esse chocolate

Ou ainda
Tentando deixar doce o amargo
Com chocolate ao leite

Flashes
Doces lembranças dessa embriaguez
Vontade nítida e real
Desejo que queima
Arranca-me a pele

Teu rosto
Teu olhar
Fogem de mim
E me procuram na discrição

Entendimento não tenho
Tenho apenas estas sensações
E minhas decisões
E tuas atitudes
...





Mirza Costa, 11 fev 2010 - às 21:02

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Refrescando coração (...)

PENSAMENTOS, DEIXEM-ME SOZINHA



Não me sinto ao certo
Nem sei
De tanto pensar
O que ainda posso julgar
Ou julgar em fazer

Solidão não é mais só não ter um peito pra deitar
Não é só não ter pra quem voltar
Nem ficar esperando o telefone tocar a noite toda

É quando o silêncio incomoda
É quando até meus pensamentos me deixam
É quando olho pra você sem poder te tocar

O vazio seria uma premissa
Do porvir eternamente
Seria o holocausto do estar só
O brinde da solterice

E o aperto no peito?
Um sinal para o entendimento
E o se conformar para a solitária prisão
De estar fadada
A passar o resto dos dias
Esperando e refletindo nisso tudo




Mirza Costa - 9 fev 2010 às 22:18

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010




TATUAGEM

A vontade de fazê-la anda ainda mais latente. Quero mesmo fazer um rabisco significativo e admirá-la e filosofar e ter prazer em falar da história dela para todos que me perguntarem.

Ah! É inacreditável que a resposta a famosa frase: mas dói muito?, seja: é suportável. Todas as dores me são insuportáveis! Como algo que corta e sangra pode ser suportável? Inacreditável! Custo mesmo...

Todas as dores me são mesmo insuportáveis. Essa ansiedade que me toma, quando penso porque ainda não fiz uma tatuagem ou porque ainda penso tanto se faria mesmo ou não.

A ansiedade que me toma hoje, de uma vontade que esteve há muito sufocada, e que essa semana tomou meu coração, meus pensamentos... ai vontade, indecisão... ai coração... como o dessa borboleta da tatuagem, que se delicia no cheiro dessa flor mas com espírito sempre desprendido.

Bom final de semana! Vamos ao Loft, beber, dançar, ouvir música boa e com boa companhia. beijos