
PRIMEIRO post do Poesia livre... estou em calafrios... ponta dos dedos geladas, pés suados e uma sensação de dormência...
Meu ofício agora
É esperar
Como um relógio
Que espera sempre a meia-noite
Para dar as doze badaladas
Mesmo assim
Estou em cólicas
Contanto os minutos incertos
Porque o tempo parece não passar
O semblante de vigas rústicas
Como antigas e castigadas pelo sol e chuva de todo dia
De um tempo longo de espera
Dessa vivência romântica
Dos tempos e dos séculos
Se debatem à janela
Rangindo o som da velhice
Desse corpo enrugado
Que não consegue esperar as doze badaladas da meia-noite
Nem por mais um dia
30.06.08
Foto: Dhárcules Pinheiro
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