terça-feira, 1 de julho de 2008

SEM TÍTULO



PRIMEIRO post do Poesia livre... estou em calafrios... ponta dos dedos geladas, pés suados e uma sensação de dormência...




Meu ofício agora
É esperar
Como um relógio
Que espera sempre a meia-noite
Para dar as doze badaladas

Mesmo assim
Estou em cólicas
Contanto os minutos incertos
Porque o tempo parece não passar

O semblante de vigas rústicas
Como antigas e castigadas pelo sol e chuva de todo dia
De um tempo longo de espera
Dessa vivência romântica
Dos tempos e dos séculos

Se debatem à janela
Rangindo o som da velhice
Desse corpo enrugado
Que não consegue esperar as doze badaladas da meia-noite
Nem por mais um dia

30.06.08


Foto: Dhárcules Pinheiro

Nenhum comentário: