sexta-feira, 25 de julho de 2008

Poesia para esta sexta-feira (a semana passou voando!!!)

QUANTO ALGUMAS HORAS PEÇO:
QUE EM ALGUM LUGAR DO PLANETA
OS MINUTOS POSSAM BASTAR NA TAMPA

QUANTO HÁ ALGUNS LOCAIS, SINTO:
EM DADO MOMENTO,
EM UM DIA,
LÚCIDO QUE SEJA,
SE PREFERIR,
AS PALAVRAS POSSAM SER AVELUDADAS
E PROFERIDAS PELO "SER" REAL

ATMOSFERA DO BELO QUE DESEJO
ONDE ENTRE OUTROS
POSSA PASSAR NESSE CANAL

QUE DESLEAL POSSA SER A ESSÊNCIA
QUE SEM MEDIDA
POSSA SER A DOSE PRO BEM OU PRO MAL

QUE EM GERAL
POSSA SER UM PARANINFO
QUE NESSA NOITE OUVIMOS
E QUE DILUÍMOS NO LÍQUIDO IMPERFEITO DA NOSTALGIA

QUE NESSE DIA,
QUANDO O BEIJA-FLOR SE PRONUNCIA,
SEJA A LUZ DA NOVA AURORA
QUE SE ANUNCIA
TÍMIDA, CLARA E RELUZENTE
NUMA ÉPOCA QUE A GENTE
SEMPRE ESPEROU!

Escrita em 09.11.07, de minha autoria como as demais.

domingo, 13 de julho de 2008

Fresquinha...





















Depois que você se foi
Brindo em frente ao espelho
A insônia tardia
Do que não foi dito
Do último encontro que não existiu

Depois daquele não
Minha sombra se duplicou
Agora sou eu e ela
Ela, a solidão, eu, um caco de gente

Tudo que restou depois daquela noite
Foi a certeza dos sonhos possíveis
Foi a dureza de um coração maltratado

Não escuto mais a mesma música
Recuso-me a ver aqueles filmes
Não tenho mais os mesmos pensamentos
Nem vivo mais em busca deles

E do que restou depois do que passou
Hoje o que importa
É tudo sem você

terça-feira, 8 de julho de 2008



Poesia, poesia, poesia (...)

Hoje ele me deu uma flor
Sem nenhum medo
Que meu coração
Pudesse pular de alegria
E depois se despedaçar
No meio das palavras não ditas

Hoje ele me deu, se deu
Pediu desculpas do seu jeito
E de novo me conquistou

Hoje ele foi bôbo, foi chato
Mas nunca vazio
E como sempre me despiu de risos
E companhia
No blábláblá agradável
Do simples e doce cotidiano

Hoje vou dormir sendo Afrodite
E acordar sendo Amélia
Sendo mulher
Amante e amada
Isso é o que importa

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mais uma...


Também sem título, essa tem uma inspiração especial: a solidão.
Não aquela sentida quando se é deixado pelo ser amado, não aquela adiquirida com a morte de sua mãe, não aquela que aperta o peito diante das lembranças... mas... aquele dos Buendía por exemplo, no Cem anos de solidão de García Márquez. A solidão como maldição... rs


Desde aquela noite
Minha inspiração se perdeu
Como os sonhos da juventude

Antes, tudo que me bastava
Era a ponta do lápis
E o pensamento

Agora, o coração
Que não bate nem ao romancista
Agora, um coração
Que se enche e se esvazia voraz
Como o leite fervendo

Antes eu tinha tudo isso
Inspiração, coração, caneta e papel
Agora, eu tenho tudo
Eu tenho tudo isso
E a solidão

terça-feira, 1 de julho de 2008

SEM TÍTULO



PRIMEIRO post do Poesia livre... estou em calafrios... ponta dos dedos geladas, pés suados e uma sensação de dormência...




Meu ofício agora
É esperar
Como um relógio
Que espera sempre a meia-noite
Para dar as doze badaladas

Mesmo assim
Estou em cólicas
Contanto os minutos incertos
Porque o tempo parece não passar

O semblante de vigas rústicas
Como antigas e castigadas pelo sol e chuva de todo dia
De um tempo longo de espera
Dessa vivência romântica
Dos tempos e dos séculos

Se debatem à janela
Rangindo o som da velhice
Desse corpo enrugado
Que não consegue esperar as doze badaladas da meia-noite
Nem por mais um dia

30.06.08


Foto: Dhárcules Pinheiro