Hoje lembrei-me muito dos amigos poetas, se assim posso me atrever a chamá-los. Lembrei-me mesmo deles, de todos eles. Sim, amigos das horas difíceis, das horas de dor no coração, das reflexões mais profundas e das mais profanas também. Da hora da saudade, da vontade, do desejo, da angústia do não ter ou do ainda não ter...
Lembrei-me mesmo deles... de todos os poetas da minha vida, os da minha geração e os da não... Caetano, Gil, Marisa, Belchior, Zé Ramalho, Elis... ah, são tantos...
Mas, mesmo, foi o Zeca quem me fez chorar,no seu canto "ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar...". Ando mesmo levando isso tão a sério, que até nos sonhos não consigo esquecer...
Isso poderia estar me causando uma espécie de inspiração, uma atração grande pela caneta e o papel, um fisgo entre eles e eu, mas não... não... o papel e a caneta sempre longe, e já não quero mais escrever, já não quero mais passar pro papel, pincelar meus sentimentos, usar palavras dúbias para dizer o que sinto, onde dói... não... também não sinto vontade de gritar, também não imagino a morte... apenas tenho me calado e pensado, observado e observado...
No horizonte, no horizonte...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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