quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ela se apresenta de várias formas...

Essa eu escrevi fazem alguns meses. Tem uma inspiração especial, o sentimento de impotência diante daquilo que não podemos mudar. Diante daquilo que vem do outro, que é do outro e que em nada nos pertence...



"Já não faço mais poesias com o chegar da aurora
Minhas horas não têm mais fervor
Não ruboresço mais quando penso em ti
Teu novo vocabulário
Chulo e sem adjetivos
Me faz pensar mil vezes
Se devo aceitar

Já não tenho mais medo da dor
Da solidão angustiante
Que agora se apresenta: saudade
Nem mesmo me deleito nas lembranças
Somente de ti ficou
Aquilo que nunca te dei

No meu ventre
Cingiu-se uma fenda craterosa
No peito
Abriu-se um buraco negro
Minha face é o espelho da insônia
De quem esperou acordada
A aurora
Que não chegou e nem veio se despedir"

sábado, 16 de agosto de 2008

SEM FOTO

Sábado de nostalgia, de ansiedade...

Essa foi feita ontem à noite. Depois que cheguei do mercado, com alguns amigos da faculdade, fomos comemorar o fim do semestre... hehehehe...



"Te encontrei na rua
Hoje te vi
Quase sem querer
Acreditei no poder
De pensamentos em sintonia

Senti um frio
Que corria a barriga
E descia, freneticamente,
Entre meu ventre

Quase não consegui disfarçar
Calei o riso
Fingi de morta
Como cachorro
Fui fiel ao meu dono
Que batia em disritmia
Ao som de tuas músicas

Tentando passar despercebida
Olhei para lá diversas vezes
Tudo em vão

Ou eras mais fiel que eu
Ao cinismo
Ou eras mais tímido, ao descompassado

Tudo restou
Que, ao passar das horas,
Teu rosto se foi
Tua voz calou
E fiquei na doce lembrança
De teu sorriso de menino
Doce e maroto"

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Quarta entediante




Ontem, o sol escaldante e o tédio não me deixaram ficar em casa. Então saí, fui visitar uma amiga, que está grávida, e que serei madrinha do bebê. Estive com ela e outra amiga, e minha sorte: tinha uma rabada e uma cervejinha, que caíram super bem no final da tarde... a conversa rendeu e a noite terminou no Tabernas... e veja no que deu quando cheguei em casa.





Na embriaguez do teu sono


"Não importa o quanto as horas tenham passado
O dia, a noite, a madrugada
Todos os momentos são teus

Nem me importo
Se já passou das 11 da madrugada
E se a meia-noite
Confisca-me a lei seca

Meu destino incerto
Contado a cada cerveja e trago
Que deleito no cotidiano
Das noites mal dormidas

Me amargam a alma
E acalentam-me a cama e o travesseiro

Em mais uma noite sem ti
Sinto-me afogar nesse pesadelo
Sem despertar, no infinito do imaginário
Que me mede
Que me testa
A cada tragada
A cada gole

Saindo do meu deleite
Mergulhando nesse líquido escuro
Remetendo-me a mais um chopp
Afagando a falta tua

Teu deleite me guarda
Sara minha alam com tua lembrança
E levanto a mais um brinde
Desejando a presença tua

Sentindo a ausência
Esqueço tua lembrança e teu rosto
É hora de parar
Porque a embriaguez já chegou
E amanhã é um novo dia"



13.08.08 - Maha Lakshmi

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Peripércias de um sábado à noite

Sábado passado, 09.08, duas amigas e eu, estivemos num momento relax (regado a uma cervejinha) contando causos, falando do cotidiano, angústias e amarguras, rindo e talvez "falando mal dos outros"... de repente, qdo não se espera badalação, chega um carro, alguns amigos, mais risos e mais cerva, depois mais alguns amigos, aí estamos no aperto! Cota, e, mais cerva... nesse estágio o calor já havia passado! rs
Dentre falações e blábláblá de pessoas alegres às mais de 4 da matina, sai essa:

(...)

Cuspi em ti
E em toda a vontade
Que veio às seis da manhã

Mesmo tendo
Em todas as horas
O mesmo diagnóstico frio, noturno
E ao relento da meia-noite

Prefiro, ainda que seja por nós
O tiro à sete balas
O som retrógrado
Da luz do dia

Sinto
Que mesmo sem te ter
Te ver
É melhor que morrer

Morrer ao relento
Dessa solidão noturna
Que mata ao amanhecer
Que mata ao nascer
Que me mata sem te ter
Que me mata o olhar
Dos primeiros raios de sol

(...)



10.08.08

[Um beijo grande em: Angela, Xu (Vanúcia), Di (Diego - primo), Thi (Thiago), Ana Elis, Yuri e Cleber.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

TERÇA-FEIRA

Pesquisei muito uma foto que se encaixasse ou que parecesse com essa poesia. Foi em vão. Não ocnsegui encontrar...
Isso me deixa duas alternativas: ou o momento não é mais da solidão da espera ou meu olhar direciona noutro rumo, noutra perspectiva. Na verdade, acho que tenho dormido pouco, ando sempre cansada... as vezes fico me perguntando do que, porque tenho também sempre a sensação de estar fazendo pouco, as vezes fico me perguntando porque sou assim, insaciável, e tenho essa sensação eterna me atormentando, de nada me bastar... risos... a insônia assim, seja ela quem "for", torna-se companheira fiel!
Bem, vamos deixar de blábláblá e postar logo essa poesia não é?! Aí vai!



Insônia da saudade


Esperei sozinha
Até que o sono se fosse
Com muita sorte
Te veria essa noite

Antes das últimas badaladas do relógio
Que anunciavam o clarão da insônia
Bocejei teu nome
Desejei teus braços

Naquela madrugada
Solitária
Suspirei para a lua
Conspirei e te mal disse

Relutando contra o avançar das horas
Me rendi a noite
E dormi abraçada a saudade

Acordei aos primeiros raios de sol
Trazidos pela rotina
De uma manhã de segunda-feira