sábado, 24 de outubro de 2009

Borboletas

"A borboleta vive 24 horas, um dia!"

Eu já ouvi "borboletas no estômago", já senti as tais borboletas no estômago, já vi borboleta desabrochando, já vi o casulo feito, já várias borboletas, já imaginei e quis milhares de vezes essa liberdade no voar, o desprendimento do casulo, a vontade de saber logo pra que servem aquelas asas... mas, sinceramente, jamais havia parado pra pensar na quantidade de momentos que se pode viver em 24h.
Geralmente nosso cotidiano, termina no final do dia, quando estamos exaustos e só pensamos em tomar um bom banho e dormirmos... mas a vontade de voar contínua, de viver cheirando as flores, de andar, e continuar tudo isso, vivendo cada momento como se fosse o último e fazendo dele sempre único, por saber que tudo dura apenas 24h.
Será que vamos ter que saber a data da nossa morte, ou imaginarmos a cada dia, que podemos morrer de uma fatalidade a qualquer momento pra vivermos assim, com essa virtude, com essa voracidade?
Ou somente imaginarmos que tudo tem seu encanto, que a beleza existe nas pequenas coisas e vai ser transformando naquilo que guiamos...
é tudo uma escolha nossa!

Ai ai ai...

O findo começou, minha roupa tá lavando e eu tenho várias coisas pra fazer ainda... mas vim aqui só um cadinho, pensar e me sentir com as borboletas...

Me desculpem a ausência, agora vou voar! tchaaaaaaaaaaauuuuu

domingo, 18 de outubro de 2009

Só saudades

Saudade do beijo, daquelas noites de dormir de conchinha... saudade de tudo, até de sentir saudade, de passar vontade, de estar assim, sem eira nem beira...
Simplesmente saudade...
Saudade de vc, do seu jeito, dos seus beijos de sapo-boi, do turrão, do filho do cão, do seu nunga que em ti habita... saudade do bom dia, da voz rouca... até do ronco... saudade de acordar no meio da noite te olhando e rindo... saudade do se mexer pra lá e pra cá, procurando canto, procurando jeito, sei lá de que...
Saudade, simplesmente saudade...
Ah, saudade...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Entorpecida

Fumei um cigarro
E tomei um gole
Senti meu coração se partir ao meio
E sangrar até a última gota

Não sei para onde
Aquela vontade de chorar foi
Quando fechei os olhos
E dancei, no pensamento, aquela música
Que mal sei a letra

Não sei aonde foi
Aquela razão teimosa
Da mulher madura e decidida

Que se abriu, por minutos
Àquela menina e seus sonhos românticos
Sua fada, doendes e ogros

Não fumei, não traguei
Não bebi, não ingeri
A tua saliva
O teu mel

De ti
Tive isso
Ficou apenas tudo isso
Na lembrança de saber voar




Mirza Costa, 13.10.2009 - às 23:20